Todos os anos diversas
espécies desaparecem. Ou seja, somem do planeta, deixam de existir pra sempre.
São mamíferos, aves, plantas que nunca mais veremos, a não ser em fotos. Segundo dados oficiais da IUCN Red List,
instituto que cataloga as espécies ameaçadas e extintas, desde o ano 1500 já
foram extintas mais de 900 espécies, das quais 763 apenas de animais. Em 2013,
por exemplo, extinguimos a tartaruga gigante de
Galápagos, em 2011, o rinoceronte negro-do-oeste, oriundo da África. Para se
ter uma ideia melhor, só do ano 2000 em diante, a cada ano, conseguimos extinguir
pelo menos uma espécie. Foram tigres, golfinhos, aves, anfíbios, enfim, animais
que sacamos para sempre do meio ambiente, sem dó nem piedade. Os motivos de
extinção são quase sempre os mesmos: caça predatória, perda de habitat natural
devido ao avanço da agricultura, concorrência com espécies exóticas
introduzidas e poluição, muita poluição. Ou seja, tudo culpa do bicho homem!
Estamos passando pela Sexta
Grande Extinção ou Extinção do Holoceno, período que, segundo estudiosos, teve início
há cerca de 11.000 anos, e é um fenômeno natural. Porém, ao contrário das
extinções em massa anteriores, como a dos dinossauros, o homem tem desempenhado um papel fundamental.
Nunca se destruiu tanto em
tão pouco tempo. Nunca se consumiu ao nível que se consome hoje. Nunca a
diferença entre o querer e o ter foi tão pequena. Por isso, a quem indague:
qual a diferença que faz um tigre ou uma tartaruga a menos na natureza?Infelizmente fomos acostumados a pensar que o meio ambiente é uma fonte inesgotável de recursos, cuja exploração é sempre justificada quando o bem maior é o interesse humano.
O fato é que cada animal, cada espécie tem seu papel na natureza. As relações entre os organismos de um ecossistema são muitas vezes complexas, mas todas fazem sentido. Um elo rompido pode causar uma sucessão de desequilíbrios, cujas consequências podem, muitas das vezes, gerar desastres naturais de grande amplitude.
Destruir o meio ambiente é como dar um prazo de validade a nós mesmos, às futuras gerações, à continuidade da vida no planeta. A Terra é moldável, ela se adapta, tudo se transforma, nada desaparece. O planeta é um só, por isso aqui se faz aqui se paga. O homem, por meio de seu egoísmo extremo (o clássico antropocentrismo) tem, ao longo dos anos, provado do seu próprio veneno, mas, ainda assim, não tem aprendido algumas lições...
A temperatura do planeta continuará a aumentar, o nível do mar cobrirá ilhas inteiras e invadirá diversas cidades litorâneas, as acomodações de terras provocarão terremotos mais frequentes, os furacões serão mais fortes, a água potável será cada vez mais rara, e, quem sabe um dia, a raça humana é que correrá risco de extinção... ironicamente, causada por ela mesma.
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