Monday, June 3, 2013

A educação para um mundo melhor

Deuses e diabos são criados todos os dias por uma sociedade moldada e incutida de educação. Uma educação que cria Mahatmas Gandhis e Madres Terezas de Calcutá ao mesmo tempo em que cria Hitlers e Saddans Husseins. Uma educação que permite a transformação de pedaços de terra em nações, povoados em sociedades, ritos em cultura e sonhos em realidade, mas que é capaz de fazer também com que tudo isso aconteça ao revés. Deve a educação que cria e destrói ser priorizada num planeta que a cada mês de paz vive um ano de guerra?

A resposta parece óbvia, apesar de algumas reflexões, aliás, a educação é importante quando tem propósitos nobres e busca a felicidade humana em afluência com a reciprocidade e harmonia, desta forma, deve ser priorizada. A educação sempre foi a mais poderosa ferramenta de nossa sociedade, estando presente na mais inculta à mais avançada comunidade. Embora somente hoje, tardiamente, resolveu-se questioná-la.

Educar não é mais do que transferir conhecimentos, preparar ou capacitar alguém para algum fim, seja ele qual for. Por isso, a educação é um elemento importante e crucial na edificação e moldagem da personalidade humana, embora o arbítrio histórico humano reflita uma estética de negação do óbvio em prol de preconceito e intolerância. Julga-se com freqüência fisionomias, pensamentos e atitudes, mas não se enxerga os fatores precedentes e moldadores de comportamentos. Condenam-se atos definidos como anômalos sob alegações escusas de loucura e insanidade ao invés de se analisar as influências de cunho educacional originadores de tais atos. Terroristas, bandidos, políticos são alvos comuns de julgamentos isentos de imparcialidade, aonde o caráter estereotipado é prioritário e o principal é olvidado ou propositalmente ignorado. E o principal se chama educação, pois é a educação ou a sua ausência que cria e destrói tudo o que se conhece.

Hoje, vive-se em um tempo no qual as sociedades se aproximam, as relações se ampliam, as culturas são influenciadas, mas a intolerância e a mesquinhez ainda permanecem. Embora com acepção de algo bom, sabe-se que é a educação a causadora desse fato, dessa sucessão progressiva de erros históricos, não obstante, seja a própria a educação a “messias” salvadora capaz de retificar e construir um futuro mais próximo do que seja mundialmente aceito.

Devido à amplitude e intensidade pragmática na concepção de culturas, religiões, tradições e ritos, a construção de um mundo melhor, com base numa educação inequívoca, ou próximo disso, será longo e talvez árduo, mas garantirá às novas gerações um futuro digno, isento da necessidade de constante saudosismo para com os tempos passados. A educação que se deseja e deve-se priorizar é a que possibilite a todo cidadão a oportunidade de acesso ao conhecimento universal, na sua integridade, permitindo que todas as escolhas individuais sejam tomadas desvinculadas de qualquer vontade alheia. A educação com propósitos de paz, amor e atenta à felicidade do ser humano deverá sempre ser priorizada.

ZSCHORNACK , Thiago. A educação para um mundo melhor. Jornal da Educação. Disponível em: <http://www.jornaldaeducacao.inf.br/index.php?option=com_content&task=view&id=806&Itemid=63#myGallery1-picture(8)>. Acesso em: 24 jul. 2012.

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